Se você procura um excelente editor markdown, o Apostrophe é uma excelente alternativa, que conta inclusive com um modo de exportação avançada cheio de alternativas.
O software encontra-se disponível para sistemas Linux, e através deste artigo você irá conferir vários detalhes sobre ele, bem como instruções de instalação.
Obviamente, existe um número até que bem alto de editores markdown. Porém, creio que o Apostrophe seja uma excelente opção.
O aplicativo é muito leve, oferece opções interessantes no tocante à exportação de arquivos .md
, e ainda conta com um modo livre de distrações muito bem vindo.
Recapitulando: o que é markdown
Se você chegou até este artigo, muito provavelmente já sabe o que é markdown. Além disso, adicionei um link no primeiro parágrafo, o qual leva até um artigo com explicações mais detalhadas.
De qualquer forma, de forma resumida vale lembrar que o markdown é um excelente e simples sistema de marcação de texto.
Desenvolvido por John Gruber e Aaron Swartz em 2004, tal sistema permite que você faça uso de alterações muito simples nos textos, de modo a produzir um conteúdo perfeitamente estruturado.
Desse modo, você pode adicionar negrito, por exemplo, simplesmente através da inserção de 02 (dois) conjuntos com dois asteriscos cada, um no início e outro no final do trecho que deve ser destacado em negrito.
Ou seja, basta que você trabalhe do seguinte modo, digitando:
**Teste**
Para então obter:
Teste
E assim por diante, lembrando também que um editor markdown propriamente dito não é a única forma de trabalhar com a “linguagem”.
Você pode utilizar simples editores de texto, por exemplo, além de aplicativos de anotações como Joplin, Zettlr e Notable.
Além disso, markdown é um sistema totalmente “à prova de futuro”. Ao utilizar markdown, você não é refém de nenhum software ou formato proprietário.
O markdown é 100% aberto, e um documento .md
passível de abertura no dia de hoje certamente poderá ser aberto daqui a 5 ou 10 anos, por exemplo, independentemente do software utilizado.
Apostrophe: um ótimo editor markdown
O Apostrophe é um editor markdown de código aberto e 100% gratuito. Disponível para Linux, o programa é desenvolvido com GTK e se integra perfeitamente ao ambiente de desktop GNOME.
O Apostrophe na verdade é um fork do editor UberWriter, criado por Wolf Vollprecht e Manuel Genovés (Genovés, aliás, é quem mantém o atual editor).
Por padrão, o aplicativo usa markdown Pandoc, mas você também pode optar por outros formatos de entrada, como CommonMark ou GitHub Markdown, por exemplo.
A interface do Apostrophe é bonita e elegante, e através do “focus mode” (modo foco), você tem em tela apenas o necessário.
Ou seja, no modo foco, o software esconde a barra de ferramentas e outros elementos de sua interface, exibindo então apenas uma tela branca (ou escura, dependendo do tema escolhido) assim que você começa a digitar.
Se você está em busca de um editor markdown com interface minimalista, esta é uma alternativa extremamente interessante, pois permite que você mantenha o foco naquilo que realmente importa: na escrita.
Além disso, o Apostrophe conta com verificação ortográfica (inclusive em português do Brasil) e várias opções de estatísticas do documento (caracteres, palavras, sentenças, parágrafos e tempo de leitura).
O recurso de “localizar e substituir” funciona muito bem, também, e o modo de pré-visualização ajuda você a entender como o documento ficará, por exemplo, após a exportação.
E o aplicativo ainda permite que você alterne entre os temas claro, escuro ou sépia, de forma fácil e para maior conforto.
O prático editor markdown também conta com suporte a atalhos de teclado, para aumentar ainda mais a sua produtividade. Você pode usar atalhos até mesmo para alternar entre o modo foco e o modo padrão, por exemplo.
Exportando documentos com o Apostrophe
O Apostrophe permite que você exporte documentos a princípio em PDF, HTML e ODT. Porém, o software verdadeiramente brilha através do recurso de exportação avançada.
Obs: dependendo do seu sistema, pode ser necessária a instalação de um pequeno plugin para exportações no formato PDF.
Através da exportação avançada, o editor markdown permite que você trabalhe com vários formatos e opções.
Dessa forma, você pode gerar documentos com uma tabela de conteúdo, ou então alterar o formato das páginas e utilizar realce de sintaxe, caso necessário.
O Apostrophe permite que você exporte documentos markdown (.md
) em vários formatos, sendo que em cada um deles existem várias opções adicionais e úteis.
Dentre os formatos de exportação suportados, encontram-se:
- PDF;
- Documentos do LibreOffice;
- Documentos do Microsoft Word;
- ePUB v3;
- HTML5 slideshow;
- LateX Beamer Slideshow (PDF);
- LateX Beamer Slideshow (tex);
- HTML5 slideshow (DZSlides);
- LateX (tex).
Como instalar o editor markdown Apostrophe no Linux
Apesar de ser possível encontrar o Apostrophe nos repositórios de algumas distros Linux, o modo mais fácil de instalá-lo é através do formato Flatpak.
Agora, contando com o suporte ao formato na sua distro, basta utilizar o comando abaixo no terminal, para instalar o software:
flatpak install flathub org.gnome.gitlab.somas.Apostrophe
Talvez seja também necessária a instalação de um pequeno plugin no seu sistema, para que o Apostrophe possa então realizar as exportações no formato PDF.
Neste caso, o próprio software emitirá um alerta a respeito da eventual necessidade, e para instalar o tal plugin, basta executar o seguinte comando no terminal:
flatpak install org.gnome.gitlab.somas.Apostrophe.Plugin.TexLive
Conclusão
Hoje você conheceu um excelente editor markdown, capaz inclusive de gerar documentos em diversos formatos diferentes.
O Apostrophe é uma alternativa muito interessante para quem busca maior produtividade e comodidade ao lidar com arquivos markdown, também devido ao seu modo foco.
Através do modo foco do editor open source, você se livra das distrações e obtém apenas uma simples área de escrita. Isto é muito apropriado para que você concentre seus esforços apenas naquilo que realmente importa no momento.
O Apostrophe, além disso tudo, é extremamente leve e rápido. Após a instalação, o aplicativo não ocupa nem 100 MB no disco do usuário.
E sua interface, que além de tudo é limpa e bonita, ajuda bastante, se integrando perfeitamente ao ambiente de desktop GNOME.
Espero que este conteúdo tenha sido do seu agrado, e por favor, em caso de dúvidas e/ou sugestões, não hesite em deixar um comentário.
Até a próxima!
Markdown é meu formato padrão para escrita (às vezes, até quando escrevo à mão utilizo o markdown para dar ênfase nos trechos desejados); mas confesso que não sou muito fã do Apostrophe (mesmo ele sendo ótimo no que se propõe) por ser muito parecido com o Typora (outro editor markdown, mas proprietário). Utilizo muitos recursos HTML no markdown, o que não fica tão legal (para mim), e é isso que me faz optar por outros editores (estou migrando do Sublime Text para o Pulsar, o qual é um fork do antigo e finado Atom).
Já mencionei o Micro anteriormente, mas vou mencioná-lo novamente para quem quer/gosta de usar o terminal para editar seus documentos (ele aceita várias linguagens).
Agora, àqueles que querem um editor markdown apenas para fazer breves anotações, recomendo o Notorious, que é leve, open-source, tem modo claro e escuro e baseado em arquivos locais, ao invés de arquivos em nuvem.
Pode ser instalado tanto via Flatpak quanto AUR. Este é o site oficial:
https://notorious.gabmus.org/
Sugestões também muito interessantes, Samej. Obrigado por compartilhar! 🙂
Eu, por outro lado, uso markdown durante anotações. Quer dizer, não faço uso tão pesado do formato. O Apostrophe me cativou principalmente por ser um editor sem muitas “firulas”, bem direto ao ponto e com boas opções de exportação.
Agora, pretendo dar uma olhada também no Notorious, pois me pareceu muito bacana.
Abraços!
Evite esperar algo muito “rebuscado”; o Notorious não tem nem modo de leitura nem exportação. é só um app pra quem gosta de tomar notas rápidas visando o uso centrado em teclado, ao invés do mouse.
Espero que você goste. 😉
Grande e forte abraço.
Ah, entendi.
Muito obrigado pelo aviso. 😉
Grande abraço.