Todos os dias produzimos grandes quantidades de dados enquanto usamos nossos computadores e smartphones. E tudo isto pode e deve ser incluso em uma rotina de backup, pois você não deseja perder suas preciosas fotos e vídeos, não é?

Assim, em primeiro lugar é importante dizer que um backup é uma cópia de segurança. Uma cópia de segurança que visa preservar dados em caso de problemas.

Além disso, sabemos que uma grande variedade de problemas pode ocorrer em sistemas, redes, computadores e dispositivos diversos. Falhas de hardware, vírus, ação de hackers, erros diversos, imprevistos como roubos, por exemplo: tudo isto pode levar à perda de dados.

E perder dados é um “luxo” com o qual você certamente não deseja lidar. Uma empresa que perde, por exemplo, um importante banco de dados, pode ficar sem meios para atender seus clientes.

Você também, por exemplo, com certeza não deseja perder suas conversas no WhatsApp, além de fotos e vídeos armazenados ao longo dos anos.

Assim, é essencial termos backup de tudo. Mas veremos mais detalhes relacionados ao longo deste guia.

Este guia, aliás, visa fazer com que você entenda de uma vez por todas o que é um backup e qual a sua importância. Além disso, neste artigo também listei vários softwares para backup do Windows e do Linux. Muitos, aliás, são grátis para baixar e usar.

O que é backup?

Atualmente, você guarda um grande número de informações através de meios eletrônicos. Com isto, há uma grande quantidade de dados preciosos armazenados em seu celular, em seu computador do escritório (e até em seu computador pessoal), etc.

Dispositivos diversos guardam dados diversos. E você certamente possui dados valiosíssimos, que não podem ser perdidos em hipótese alguma.

Assim, entra em cena o backup, termo que significa cópia de segurança. Um backup tem por objetivo garantir a continuidade dos dados em caso de qualquer problema.

Você pode fazer cópias de segurança de um aplicativo, de dados armazenados em uma base de dados, ou até mesmo de um ambiente inteiro. Pastas, arquivos de qualquer tipo e até mesmo discos na íntegra: tudo isto pode (e deve) ser copiado de forma segura para um outro ambiente, para um outro “local”.

Imagine, por exemplo, que você perdeu seu celular, ou então que seu PC foi roubado. No caso do celular, naturalmente suas fotos e vídeos já estavam armazenados em algum serviço de nuvem (iCloud, Google Drive, Google Fotos, etc). Mas e no caso do seu PC?

A menos que você tenha feito backups de forma rotineira, infelizmente tudo se perdeu. Todas as informações nele armazenadas, geradas ao longo de muitos anos de trabalho, quem sabe, foram perdidas.

Um backup, aliás, deve ser passível de restauração. Além disso, tão importante quanto fazer cópias de segurança é garantir que elas sejam armazenadas em locais seguros e à salvo de problemas.

Assim, em outras palavras, backup diz respeito ao ato de criar cópias de segurança de dados que estão armazenados em dispositivos e/ou sistemas, como celulares, computadores pessoais, tablets, servidores, aplicações, bancos de dados, etc.

Por que o backup é importante?

Naturalmente, ninguém deseja perder dados. Assim, uma cópia de segurança garante que os dados estarão salvos em algum outro local e poderão ser restaurados ao seu estado original sempre que necessário.

Trabalhar com a tranquilidade de saber que todas as nossas informações estão à salvo é algo que não tem preço.

Além disso, é importante termos certeza de que os dados estão salvos em mais de um “meio”, para que sempre exista um “plano B” em caso de falha em algum método.

Por exemplo, você pode fazer backups locais, em um NAS ou em um HD externo (até mesmo em um pendrive, dependendo do volume de dados), e ao mesmo tempo também armazenar as informações em algum serviço de nuvem.

Em relação a backup, como já diz o velho ditado, é sempre melhor pecar pelo excesso do que pela falta. Você também deve realizar testes de cópia e restauração de dados, para identificar possíveis falhas nos processos e corrigi-las, pois de nada vale um backup que não pode ser restaurado.

Em suma, manter uma rotina de cópias diária e que use mais de um local de armazenamento é o ideal. Muitas vezes, dados valem muito mais do que equipamentos. Assim, trate-os com o devido cuidado.

Tipos de backup

Existem vários bons programas capazes de realizar cópias de segurança de forma automatizada e com base em rotinas bem definidas.

Temos inclusive diversos softwares gratuitos, disponíveis para várias plataformas (falarei mais sobre este assunto ao longo deste guia). Porém, é importante que você tenha em mente que backup nem sempre se resume a simplesmente copiar arquivos e diretórios de um local para outro.

Antes de mais nada, vamos conferir quais são os principais tipos de backup, bem como as situações em que eles se fazem necessários.

É bom também lembrar que todo bom aplicativo do gênero oferece pelo menos os 3 tipos de backup abaixo listados:

Backup completo (ou full)

Um backup completo faz a cópia de todos os dados (todos os arquivos e pastas, por exemplo), sem nenhum tipo de filtro ou seleção. Trata-se do tipo de cópia de segurança que garante o melhor cenário em caso de ocorrência de algum “sinistro” (um roubo, por exemplo).

Entretanto, backups completos exigem muito mais tempo para serem restaurados, além de demandarem mais espaço de armazenamento, uma vez que todos os dados foram copiados na íntegra.

Em um backup full você não usa nenhum critério para que informações já armazenadas com segurança e que não sofreram alterações desde a última cópia não sejam copiadas. Pelo contrário: tudo é copiado.

Neste tipo de operação, é muito comum ocorrerem problemas ligados a sobrecargas na infraestrutura de rede, além de quedas de desempenho em dispositivos como servidores e/ou desktops.

Você deve ter em mente, porém, que uma operação como esta será necessária sempre que uma nova rotina de backup for estabelecida, pois um subsequente backup incremental ou diferencial tomará como base uma cópia total.

Backup incremental

Neste tipo de cópia, apenas os arquivos que sofreram modificações desde a última operação de backup são copiados, independentemente se a última tarefa foi full ou incremental.

Ou seja, uma vez feita a cópia inicial e total dos dados, o aplicativo ou script de backup pode então iniciar as tarefas incrementais.

Assim, temos também uma maior velocidade nas operações de cópia, além de menos espaço de armazenamento ser necessário.

Claro, existem várias peculiaridades envolvendo este assunto e tipo de cópia de segurança, dependendo do sistema em uso, dos dados a serem copiados, do ambiente e das necessidades da empresa, por exemplo.

Porém, em suma, em um backup incremental são copiados apenas os fragmentos que sofreram modificações desde a última operação.

Backup diferencial

Também realizado após o backup full, o backup diferencial realiza uma cópia de todos os dados modificados desde que o último backup completo foi realizado.

Perceba a diferença entre os tipos incremental e diferencial: enquanto o primeiro copia apenas os dados alterados desde a última operação, independentemente do tipo de backup realizado, o segundo leva em conta o último backup completo executado.

Assim, vale a pena também mencionar que um backup diferencial ocupa mais espaço de armazenamento, além de demandar mais tempo para execução.

Quando devo fazer backups?

A resposta para esta pergunta pode variar bastante, dependendo da situação. Por exemplo, empresas de diferentes áreas e tamanhos possuem volumes de dados e necessidades diferentes do usuário doméstico.

Uma política de backup aplicável a uma empresa de repente não funciona muito bem para o usuário doméstico, e vice-versa.

De qualquer forma, a recomendação é que você faça backup regularmente. Tanto faz se você está copiando os dados de sua empresa ou apenas suas informações pessoais.

Muitas pessoas ainda insistem, por outro lado, na realização de backups semanais. Há aqui, porém, uma certa “janela para falhas”, e eu creio firmemente na segurança proporcionada por backups diários.

Além disso, através do uso de um software de backup todas as tarefas são perfeitamente automatizadas. Ou seja, uma vez feita a configuração inicial, basta aguardar pela data e pelo horário especificados.

Você também pode utilizar backups incrementais ou diferenciais como complemento a um backup full. Portanto, continue comigo neste artigo para saber inclusive como realizar backups de forma automática em seu sistema.

Onde fazer backup?

Aqui, devemos lembrar, antes de mais nada, da “regra de backup 3-2-1” (falarei dela mais abaixo). De qualquer forma, porém, é importante trabalharmos sempre com mais de uma cópia e com mais de um local de armazenamento.

Assim, podemos perfeitamente utilizar um NAS, um HD externo ou até mesmo um pendrive para cópias locais de dados. Lembre-se também de que é possível até mesmo criptografar todas as informações, no momento das cópias.

É importante também que você fuja de um erro muito comum entre pessoas que começam neste meio: armazenar cópias de segurança no mesmo disco ou partição onde está o seu sistema operacional.

É sério, jamais faça isto, pois em caso de algum “sinistro” (um roubo, uma perda, um ataque cibernético, etc), seus dados estarão igualmente comprometidos.

Pelo contrário: opte sempre por diferentes meios de armazenamento quando se trata de backups locais. Além disso, você pode combinar cópias locais com cópias secundárias em algum serviço de armazenamento em nuvem / cloud.

Assim, você pode usar, por exemplo, serviços como Google Drive, iDrive, Dropbox, OneDrive, iCloud, Box, pCloud e até mesmo o Amazon S3.

Lembre-se de que no caso de cloud backup é necessário ficar atento a detalhes como “tráfego”, por exemplo (principalmente no caso de backups de smartphones).

De qualquer forma, cópias armazenadas na nuvem garantem muito mais segurança, uma vez que problemas no local físico jamais afetarão os backups em nuvem.

Regra de backup 3-2-1

Esta é uma regra muito conhecida entre administradores de sistema, pessoas ligadas ao mundo do DevOps, MSPs e até mesmo responsáveis por redes corporativas em geral.

Em suma, trata-se de uma regra bem simples, conforme descrito abaixo:

• Manter no mínimo 3 cópias dos dados;
• Armazenar as cópias em pelo menos 2 mídias diferentes;
• Manter 1 das cópias em um local de armazenamento externo.

A regra 3-2-1 representa uma excelente prática, além de garantir muito mais segurança às nossas cópias de segurança.

Através dela, é possível montar uma estratégia de backup mais robusta, de maneira tal a termos sempre no mínimo 3 cópias distintas das nossas informações.

Sob o mesmo ponto de vista, vale também a pena detalhar um pouco mais esta regra. Seguindo a regra 3-2-1, você deve, além de guardar pelo menos 3 cópias de seus dados, armazená-las em pelo menos 2 mídias diferentes.

Assim, você pode trabalhar com cópias em um HD externo e também em um dispositivo NAS. Entretanto, é possível combinar uma grande gama de outros dispositivos e mídias, incluindo os abaixo:

• Cartões micro SD;
• Pendrive;
• Fitas;
• CDs;
• DVDs;

Finalmente, na última etapa da regra de backup 3-2-1, temos 1 cópia em um local externo, ou offsite. Naturalmente, temos que levar em consideração o fato de que no caso do local de armazenamento principal ser afetado por qualquer problema, as cópias nele guardadas poderão também sofrer avarias.

Assim, utilizar um armazenamento offsite é também garantia de que sempre haverá pelo menos 1 backup intacto e seguro à disposição e possivelmente livre de falhas.

Aqui, você pode perfeitamente utilizar algum serviço de cloud backup ou armazenamento em nuvem, incluindo aqueles que citei anteriormente.

Do que fazer backup?

Bem, digamos que você pode fazer backup de praticamente tudo. Em suma, armazene cópias de segurança de tudo aquilo que é essencial para você, seja um dado pessoal ou informações de uso corporativo.

Basicamente, você pode fazer backups de seu celular, por exemplo. Aqui, entram em cena serviços como o iCloud ou o Google Drive/Google Fotos, para dispositivos iOS e Android, respectivamente. Nestes casos, cópias de fotos e vídeos também podem ser feitas de forma automática.

As conversas do WhatsApp também podem ser armazenadas no Google Drive ou no iCloud, vale lembrar (o próprio aplicativo oferece uma opção dedicada a esta tarefa).

Você também pode efetuar cópias de segurança de bancos de dados em uso no seu website ou blog, por exemplo (vale a pena conferir as soluções de backup oferecidas pelos provedores de hospedagem de sites).

Há também a possibilidade (ou necessidade) de realizar cópias de pastas, arquivos de diferentes tipos e até mesmo sistemas inteiros.

Por exemplo, vários aplicativos de backup oferecem recursos para cópia e restauração de sistemas inteiros (imagens de sistema). Desta forma, é possível recuperar sua instalação do Windows, por exemplo, com todos os seus arquivos, pastas e softwares instalados.

Nesse sentido, vale dizer que no caso do Windows e do Mac existem as soluções da Acronis, por exemplo, e no caso do Linux, há o Timeshift.

Softwares de backup

É essencial que você utilize um programa de backup, tanto para automatizar as tarefas quanto para organizar as coisas.

Softwares do tipo geralmente oferecem inúmeros recursos vantajosos, incluindo backups baseados em imagem, criptografia de dados, notificações por e-mail, etc.

Abaixo segue uma lista com vários ótimos softwares, disponíveis para diversas plataformas. Há, inclusive, vários aplicativos gratuitos.

Dê uma olhada:

Software	Licença	Plataformas
EaseUS Todo Backup Free	Gratuito	Windows
Macrium Reflect 8 Free	Gratuito	Windows
Acronis Cyber Protect Home Office	Comercial	Windows e Mac
Timeshift	Grátis – GPL-3.0	Linux
Paragon Backup & Recovery	Comercial	Windows
NovaBackup	Comercial	Windows
iDrive	Comercial	Windows / Mac / Linux
Iperius Backup Free	Gratuito	Windows
Cobian Backup	Gratuito	Windows
Bacula	Código aberto / Grátis	Linux
Duplicity	Código aberto / Grátis	Linux
BackupNinja Free	Gratuito	Linux
rsync	Código aberto / Grátis	Linux

Você pode testar qualquer um dos softwares acima, dependendo do sistema operacional de sua preferência. Obviamente, cada um deles possui suas próprias peculiaridades, portanto, opte pelo que mais se adequar à sua rotina e necessidades.

Backup do Linux com rsync

Particularmente, sou grande entusiasta do Linux, e assim, uso o sistema operacional do pinguim em meu dia a dia. Faço backups constantes, além disso, e para esta tarefa utilizo o rsync.

O rsync é uma ferramenta mantida por Wayne Davison e disponibilizada através da licença “GNU General Public License”. Assim, ele é totalmente gratuito para download e uso.

Trata-se, de forma resumida, de uma ferramenta que funciona através da linha de comando no Linux, além de ser bastante poderosa. Ele trabalha inclusive com cópia incremental de arquivos, além de ser bastante customizável, silencioso e rápido.

O rsync também pode trabalhar de forma automatizada, e isto se dá através de tarefas agendadas via crontab.

Caso o rsync não esteja instalado na sua distro, é muito fácil instalá-lo. Para isto, utilize os comandos abaixo:

Sistemas Debian / Ubuntu

sudo apt-get install rsync

Fedora e CentOS

sudo dnf install rsync

Arch Linux

sudo pacman -S rsync

O rsync também pode ser obtido de forma gratuita através do site oficial. Lá, estão disponíveis arquivos em vários formatos.

Fazendo backup do Linux com rsync

O comando abaixo retorna uma espécie de “manual” da ferramenta, bastante útil e que lista vários argumentos e opções extras utilizáveis:

man rsync

Vale lembrar mais uma vez que trata-se de uma ferramenta que funciona única e exclusivamente através da linha de comando. Desta forma, além de silencioso, o rsync acaba conferindo maior praticidade e agilidade ao usuário.

O comando abaixo permite que você configure uma tarefa de backup robusta de forma rápida e fácil, usando o rsync:

rsync -r -t -v --progress -s /ORIGEM/ '/DESTINO'

Assim, confira agora um exemplo prático:

rsync -r -t -v --progress -s /home/seu_usuario/Documentos/ '/media/seu_usuario/DISPOSITIVO/'

Através do comando acima, será feito backup de sua pasta Documentos em um dispositivo de armazenamento externo, como um HD externo, por exemplo.

Basta, aqui, realizar as devidas modificações nos caminhos e deixar o rsync fazer todo o trabalho árduo por você.

Automatizando o backup do Linux via rsync com um Cron Job

Finalmente, agora você saberá como criar um Cron Job para automatizar a execução dos backups com o rsync. Em suma, um Cron Job representa uma forma de automatizar tarefas no Linux.

Isto se dá através da edição do arquivo crontab do usuário atual, e para tanto, use o comando abaixo:

crontab -e

Com o arquivo aberto, na tela do seu terminal (através de um editor como o nano ou o vi, por exemplo), adicione a linha abaixo e salve em seguida:

0 10 * * * rsync -r -t -v --progress -s /home/seu_usuario/Documentos/ '/media/seu_usuario/DISPOSITIVO/'

De forma resumida: a linha acima na crontab automatiza o comando rsync que vimos mais acima. Repare que estamos inclusive especificando um horário de execução (0 10 = 10:00 hrs da manhã).

Além disso, estamos informando que desejamos rodar o Cron Job todos os dias, pois informamos também, nos 3 campos subsequentes:

• * : dia do mês, onde o “* ” significa “todos”;
• * : mês, onde o “*” significa “todos”;
• * : dia da semana, onde o “*” significa “todos”;

Ainda devo preparar um artigo completo a respeito de Cron Jobs. No entanto, os comandos e exemplos acima devem funcionar para você. Apenas lembre-se de fazer as devidas alterações no horário e nos caminhos (origem e destino).

Conclusão

E finalmente chegamos ao final de mais um artigo. Espero que você tenha gostado, e que tenha agora uma noção melhor a respeito do que é um backup, de qual a sua importância e porque você deve criar rotinas de backup robustas.

Neste guia, também foram fornecidos detalhes a respeito dos principais tipos de backup, bem como alguns softwares bacanas para várias plataformas.

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