Marcar presença na internet através de um site ou um blog é algo cada vez mais comum e necessário. Antes de mais nada, porém, é importante que você entenda o que é hospedagem de site e o que é domínio.
Enquanto o primeiro termo se refere ao armazenamento e à disponibilidade dos arquivos de um site, o segundo está ligado ao endereço. O domínio, além disso, não guarda nenhum conteúdo.
A hospedagem é um serviço. Sendo assim, vale sempre lembrar: domínio é o nome do site, e a hospedagem está ligada ao aluguel de um espaço na web.
Combinando ambos (hospedagem e domínio) temos então, basicamente, tudo o que é preciso para que um site esteja online e acessível.
Registro de domínios: entenda o que é
Antes de mais nada, você deve ter em mente que é preciso registrar previamente um domínio para que seja então possível colocar um site no ar.
Obs: algumas plataformas oferecem serviços de “sites grátis”, como o WordPress.com, por exemplo. Neste caso, o registro de um domínio pode ser adiado.
E como exemplos de entidades que registram domínios podemos citar o registro.br (para domínios .br) e o Google Domains.
Além disso, vale a pena alertar que para manter o registro de um domínio em seu nome é preciso pagar uma taxa (geralmente de forma anual) ao órgão responsável pelo registro.
Entendendo o que é hospedagem de site
Como o próprio termo deixa claro, hospedagem de site é um serviço através do qual tudo aquilo que faz parte de um site é hospedado em um servidor web.
Ao mesmo tempo, vale citar tudo o que pode fazer parte de um site: códigos em várias linguagens de programação, bancos de dados, imagens, textos, vídeos, etc.
Em relação aos códigos, seguem algumas tecnologias:
- HTML (em inglês HyperText Markup Language): linguagem de marcação usada na criação de páginas de web;
- JavaScript: linguagem de programação capaz de tornar uma página de internet dinâmica;
- PHP: linguagem de programação que roda no lado do servidor, além de ser muito usada no desenvolvimento web;
- CSS: linguagem que permite a adição de estilos a uma página. O CSS lida, por exemplo, com cores, fontes, margens, etc;
Atualmente, há um enorme número de empresas que prestam estes serviços. Antes da contratação, porém, você deve verificar a idoneidade da mesma, além da descrição completa das tecnologias e serviços oferecidos.
Usar uma hospedagem segura, além disso, é essencial para que você evite o comprometimento do seu site e, consequentemente, do seu nome e/ou da sua empresa.
Servidor web e requisições na hospedagem de site
Pois bem, para que um browser seja capaz de acessar um site, é preciso que os arquivos do mesmo estejam hospedados e disponíveis em um servidor web.
Basicamente, o navegador envia um pedido ao servidor, o qual devolve, então, um resultado (uma página, por exemplo).
O navegador é o responsável por interpretar os dados recebidos do servidor, e as páginas do site, além disso, contam com todos os dados necessários para definir sua própria aparência. Elas também são responsáveis pela interação com os visitantes.
O servidor web (falando aqui apenas do hardware), por sua vez, é um computador físico conectado à internet de forma permanente. É ele quem processa as requisições dos usuários, realizadas através de um navegador web. Tais requisições, feitas através de um endereço (o domínio), têm por objetivo um arquivo (ou vários).
Ao encontrar o “alvo”, o servidor web faz a leitura e o processamento do mesmo e devolve então, ao browser, os dados solicitados, através de uma página, por exemplo.
Exemplos de navegadores: Firefox, Chrome, Edge, Opera, Safari, Vivaldi, Brave, etc.
É fácil perceber, assim, que o local e o modo como um site é hospedado pode impactar positiva ou negativamente no seu desempenho.
Assim sendo, é vital garantir sempre as melhores condições possíveis. Segurança e confiabilidade, além de ótimo desempenho, são detalhes essenciais. Um site lento ou inacessível pode causar prejuízos e levar à perda de conversões, além disso.
O que é DNS? Entenda!
Um site pode ser encontrado na web devido ao fato de existir algo chamado DNS (em inglês Domain Name System, ou Sistema de Nomes de Domínios).
Basicamente, o DNS relaciona o domínio (como www.teclinux.com, por exemplo) com o seu endereço real, ou seja, com o IP (em inglês, Internet Protocol, ou Protocolo de Internet) do servidor em que o site está hospedado.
Provedores de acesso à internet geralmente têm seus próprios servidores DNS, mas também podemos utilizar DNSs públicos e mais rápidos, como por exemplo o Google Public DNS e o OpenDNS (no que diz respeito à navegação).
Em suma, quando você digita o endereço (domínio) de um site no seu navegador, entram em cena os servidores DNS, os quais fazem então a devida associação e fornecem o endereço IP, permitindo então o acesso.
Hospedagem de sites: como escolher
Seguem alguns pontos para você levar em conta no momento da escolha de uma empresa e/ou plano de hospedagem:
- Suporte: um site fica online o tempo todo. Sendo assim, é ótimo contar com suporte técnico 24 horas por dia;
- Uptime: diz respeito à disponibilidade dos serviços. Quanto mais alto o valor, maior é a garantia de tempo que um site ficará online. Um uptime de 99%, por exemplo, significa que o provedor de hospedagem garante o funcionamento dos sites por 99% do tempo. Procure sempre uptimes de 99,5% (ou 99,9%);
- Espaço em disco: o espaço destinado ao armazenamento dos arquivos do seu site. Entra nesta conta, além disso, o espaço ocupado pelas caixas de e-mail (caso o provedor forneça este tipo de serviço). Armazenamento SSD, além disso, é sempre melhor;
- Tráfego/Transferência/Visitas/Largura de banda: alguns provedores tratam estes dados de forma separada, e outros não. De qualquer forma, são valores ligados ao volume de dados (geralmente tratado de forma mensal) que um site comporta. Considere também, além disso, fatores como otimização (ou não) e uso de recursos;
- Tipo de hospedagem: regime compartilhado, VPS, servidor dedicado, cloud, etc. É essencial que você tenha em mãos dados precisos sobre o tamanho do site, do tráfego e também sobre necessidades futuras no que diz respeito à escalabilidade, para então optar por algum tipo de plano ou serviço;
- Recursos, vantagens e tecnologias: analise tudo o que o provedor de hospedagem oferece ou promete. Criador de sites, ferramentas de instalação em um clique (para instalar rapidamente um CMS, por exemplo), contas de e-mail adicionais, backups, instalação fácil de certificados SSL, etc;
- Segurança: além de backups de segurança, você deve se assegurar de que a empresa oferece um nível alto de segurança, para evitar ataques e garantir a segurança dos dados e da privacidade dos usuários;
Hospedagem de sites: outros pontos a considerar durante a escolha
Além dos pontos acima, veja também:
- Preço: há um número bem grande de empresas oferecendo serviços de web hosting. Assim, há também vários níveis de preços. Além disso, é possível optar por hospedagens nacionais ou estrangeiras, assim como é possível pagar valores bem acessíveis. Opte por um plano que caiba no seu orçamento, mas desconfie sempre de preços muito baixos ou bem abaixo dos da concorrência;
- Plataforma: existem planos de hospedagem Windows e Linux, sendo que cada plataforma conta com suas próprias características. Leve em conta principalmente as linguagens e os sistemas com os quais trabalhará. Porém, em grande parte dos casos o Linux é o mais recomendável. Na dúvida, consulte a documentação ou o suporte;
- Painel e gerenciamento: aqui, há diversas opções, dependendo do tipo de hospedagem escolhida, da plataforma e da empresa. Sistemas proprietários ou largamente utilizados na indústria (como o cPanel) podem ser oferecidos, e eles permitem que você efetue manutenções, configurações e até administre um servidor;
- Bancos de dados: existem muitos scripts e CMSs que dependem de bancos de dados. Existem planos de hospedagem que garantem acesso a um número pré-definido de bases de dados, e os provedores também podem limitar a quantidade e o tamanho dos bancos de dados. E dentre os principais bancos de dados podemos citar, por exemplo, o MySQL, o MongoDB, o Microsoft SQL Server e o PostgreSQL;
- Reviews e histórico: antes de assinar com qualquer empresa, busque o máximo de informações possível. Reviews, opiniões de outros clientes, dados junto ao “Reclame Aqui” e ao PROCON (caso possível): tudo isto deve ser levado em conta;
- Linguagens e softwares: é importante ficar atento a este ponto. Leve em conta suas necessidades, e verifique sempre quais são os softwares (WordPress, Magento, Joomla, etc) e linguagens (PHP, Ruby, etc) suportados;
Principais tipos de hospedagem de site
É possível contratar um plano de hospedagem de sites sob medida, na maioria dos casos. Você pode inicialmente optar por um plano (ou tipo) mais básico, como a hospedagem compartilhada, por exemplo, e quando seu site crescer, realizar um upgrade ou migração.
Obviamente, os recursos exigidos por um site com grande tráfego estão muito além das necessidades de um pequeno blog pessoal, por exemplo. Nesse sentido, e prevendo futuros upgrades, é necessário que o provedor de hospedagem também trabalhe com opções escaláveis.
Hospedagem de site compartilhada
No regime compartilhado, vários sites, de diferentes clientes, compartilham um mesmo servidor físico (incluindo o endereço IP) em um provedor de hospedagem de sites.
Neste modelo, vale também lembrar que os recursos de hardware e software da máquina são compartilhados, o que acaba inclusive limitando o desempenho.
De qualquer forma, é importante ressaltar que este é o tipo de hospedagem mais barato do mercado, capaz de dar conta, de repente, de um site pequeno ou de um blog pessoal. Vale dizer também, por outro lado, que no regime compartilhado é provável que o servidor não dê conta de picos repentinos de tráfego.
Além disso, na hospedagem compartilhada é possível que o seu site acabe sendo negativamente afetado caso algum outro site hospedado na mesma máquina apresente algum pico de tráfego.
Hospedagem WordPress
O WordPress é o CMS (em inglês Content Management System, ou Sistema de gerenciamento de conteúdo) mais usado no mundo. A plataforma é capaz de auxiliar na criação de pequenos blogs a grandes portais.
Então, é natural que existam pacotes de hospedagem focados no software da Automattic. É importante lembrar, antes de tudo, que uma hospedagem WordPress é também uma forma de hospedagem compartilhada (destinada, porém, a sites que usam o famoso CMS).
Assim, os servidores são configurados especificamente para rodar o WP com melhor performance e menos dores de cabeça. Aqui, são feitas várias otimizações visando mais velocidade e segurança.
Além disso, uma hospedagem WordPress geralmente oferece serviços e extras como CDN (Content Delivery Network), plugins (de cache, por exemplo) e temas pré-instalados.
Hospedagem VPS
Um VPS (em inglês Virtual Private Server, ou Servidor Virtual Privado) é na verdade uma máquina virtual (ou contêiner). Trata-se de uma unidade separada, criada dentro de um servidor físico através de tecnologias de virtualização.
Em um VPS, seu site ainda compartilha um mesmo servidor com os de outros clientes. Porém, neste caso temos em mãos uma partição dedicada unicamente ao nosso site, com garantia inclusive de recursos exclusivos, como memória e processamento.
Além disso, um VPS sempre vai oferecer melhor desempenho, principalmente quando comparado a um plano de hospedagem compartilhada. Você pode pensar no VPS inclusive como uma alternativa intermediária entre a hospedagem compartilhada e um servidor dedicado.
No VPS, ao mesmo tempo, também temos acesso como administrador (root). Neste caso, porém, os preços são mais altos, e o usuário também tem que lidar com a administração do servidor (ou então contratar um serviço de gerenciamento).
Planos de revenda de hospedagem de site
Aqui, antes de mais nada, é preciso fazer um alerta: um plano de revenda de hospedagem geralmente é muito parecido com a hospedagem compartilhada. Ou seja, armazenamento, largura de banda e outros recursos também são divididos com outros sites no mesmo servidor.
Existem muitas empresas que oferecem este tipo de plano pronto, mas também é possível, por exemplo, alugar um servidor dedicado ou um VPS e então dividi-lo, através da criação de várias contas de revenda.
O gerenciamento de uma conta de revenda pode ser feito na maioria dos casos através do uso de softwares como cPanel e WHM. E você pode assinar um plano deste tipo para, quem sabe, iniciar seu próprio negócio de hospedagem.
Vale lembrar que neste caso também é possível trabalhar com contas individuais para cada site/cliente (um cPanel para cada site, por exemplo), e o gerenciamento da máquina é de responsabilidade do provedor de hospedagem.
Numa revenda, além disso, a princípio é possível oferecer serviços de hospedagem sem que o cliente final perceba que está lidando com um revendedor. Algo muito útil, é claro, em caso de negócios iniciantes.
Hospedagem cloud
Muito se fala, atualmente, sobre a computação em nuvem (cloud computing). Assim, existem serviços de hospedagem cloud (ou hospedagem em nuvem). Aqui, vários servidores web trabalham de forma interligada: ou seja, temos então um cluster.
Neste tipo de hospedagem, os componentes de um site (arquivos, bancos de dados, etc) são distribuídos através de vários servidores. Neste caso, quando uma das máquinas enfrenta problemas, uma outra pode assumir sem maiores complicações.
Na hospedagem cloud, visando melhor desempenho, também é possível hospedar arquivos, bancos de dados e e-mails de forma separada (em servidores diferentes). Assim, como consequência, há maior escalabilidade e uptime.
Recursos dedicados e acesso root muitas vezes fazem parte do pacote, e muitas empresas oferecem aos usuários a possibilidade de pagar de acordo com a demanda.
Servidor dedicado
Um servidor dedicado é o tipo de hospedagem mais “parrudo” que existe. Aqui, temos um servidor físico dedicado apenas ao nosso site.
Um servidor dedicado é geralmente a melhor opção para grandes sites, aplicações e negócios. Sites com alto volume de tráfego também são muito beneficiados, uma vez que todos os recursos de software e de hardware da máquina se destinam a eles.
Além disso, o cliente pode configurar o servidor de acordo com seu gosto e/ou necessidades. Você mesmo decide, do mesmo modo, qual será o sistema operacional utilizado, além dos softwares que serão instalados na máquina.
A flexibilidade e a autonomia são enormes, mas vale lembrar que tudo isto tem um “custo”: além dos maiores preços, um dedicado requer manutenção e gerenciamento constantes.
O cliente é também responsável por quaisquer custos envolvidos no licenciamento e/ou na manutenção do servidor. Por exemplo, o usuário é quem tem que pagar pelo licenciamento do cPanel e do WHM, caso opte por tais sistemas.
De qualquer forma, um dedicado permite controle total sobre as configurações do servidor. É também possível contratar serviços de gerenciamento, caso você não tenha os conhecimentos necessários.
Logo, vale também lembrar que nesta modalidade de hospedagem de site você não compartilha recursos com nenhum outro site ou aplicação.
Conclusão
Como deu para você perceber, existem planos e tipos de serviços de web hosting bem diferentes, capazes de se adequar a um grande número de necessidades.
Uma empresa de hospedagem que trabalha de forma proativa, além disso, monitorando detalhes como “picos de tráfego” e “segurança”, garante muito mais segurança ao usuário.
Você também deve ficar atento à escalabilidade: seu provedor de hospedagem deve fornecer meios para que você lide de forma adequada com o futuro e provável crescimento do seu negócio (e do seu site).
Em conclusão, é importante também dizer que um site rápido, responsivo e capaz de oferecer uma ótima experiência aos visitantes vale muito para o Google, gigante da internet que tem tudo a ver com SEO (Search Engine Optimization, ou Otimização para Motores de Busca), como bem sabemos.
Servidor dedicado, hospedagem compartilhada, cloud ou hospedagem WordPress: tudo depende do seu projeto.
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