O Ubuntu é uma das distros Linux mais usadas atualmente. Porém, um grande número de pessoas ainda se confunde quando se trata dos sabores do Ubuntu.
Na verdade, quando falamos em sabores do Ubuntu, estamos nos referindo às diversas variantes do Ubuntu. Sim, você não leu errado. Mesmo o Ubuntu sendo uma distro derivada do Debian, ainda assim ele conta com diversas variações.
São 8 versões oficiais (e “endossadas” pela Canonical), além de algumas não oficiais. Assim, você encontra variantes como Kubuntu, Xubuntu, Ubuntu MATE, Lubuntu, etc.
Cada um dos sabores do Ubuntu, além disso, possui suas próprias peculiaridades. Cada sabor é entregue aos usuários com um conjunto diferente de softwares, ambientes gráficos e configurações.
Através deste guia, você conhecerá detalhes sobre cada uma das Ubuntu flavours, bem como ficará por dentro de informações relacionadas ao download e à instalação das distros.
E mais: saiba também que é totalmente possível fazer um test drive, ou seja, você pode perfeitamente testar todos os sabores do Ubuntu antes de se decidir por um deles e instalá-lo em seu computador.
O que são os sabores do Ubuntu?
Em primeiro lugar, é importante que você saiba que existem alguns outros termos relacionados a este tema. Termos que, no final das contas, acabam significando a mesma coisa.
Assim, você encontrará com muita frequência o termo Ubuntu flavours. Em suma, este é um termo em inglês que significa “sabores do Ubuntu”. Ou seja, assim como existem distros baseadas em outras distros, existem também diversas variantes do Ubuntu.
Nesse sentido, devo dizer que é também muito comum nos depararmos com as palavras flavor e flavour, sendo que ambas querem dizer a mesma coisa (sabor). A própria Canonical, além da comunidade Linux, costuma utilizar bastante estes termos. Portanto, não se assuste.
Um sabor do Ubuntu é na verdade uma variante do S.O. Ubuntu original (o qual faz uso do ambiente de desktop GNOME). Cada variação, além disso, oferece experiências diferentes em relação às demais.
Os sabores do Ubuntu seguem o mesmo ciclo de desenvolvimento e agenda de lançamentos do original. Do mesmo modo, todos geralmente possuem um mesmo código de versão.
Por exemplo, agora estamos na versão 22.04 LTS (Long-term support, ou Suporte de Longo Prazo). Tanto no caso da “distro principal” quanto de suas variantes, temos garantia de suporte pelo menos até Abril de 2025.
Todos os S.O.s Ubuntu, além disso, são open source, da mesma forma que o próprio kernel Linux.
Cada variante proporciona uma experiência distinta. Cada uma delas vem “empacotada” com um conjunto diferente de aplicativos, bem como um ambiente gráfico diferente.
Diferentes Ubuntu flavours podem se adequar às mais diversas necessidades e configurações de computadores. Há inclusive uma, em especial, que é voltada à criação de conteúdo.
Fique comigo até o final deste guia, para entender melhor todos os detalhes relacionados aos vários sabores do Ubuntu.
Uma breve história do Ubuntu
O Ubuntu foi lançado em Outubro de 2004. Criado pela Canonical, empresa focada em software livre, o sistema operacional tem como um de seus objetivos permitir que um grande número de pessoas possa usar Linux em seu dia a dia.
O Ubuntu é também a distro Linux mais popular atualmente. Seu foco são computadores pessoais, mas também existem versões destinadas a servidores (Ubuntu Server) e à Internet das Coisas (IoT), além de imagens voltadas a serviços de nuvem.
A palavra africana Ubuntu quer dizer “humanidade para com os outros”, e em relação ao S.O., o conceito está de acordo com a filosofia do software livre, bem como com toda a liberdade proporcionada por programas do gênero e pela comunidade de desenvolvimento, que conta com vários voluntários.
A primeira versão do Ubuntu foi a 4.10 (codinome Warty Warthog), e ela foi lançada com esta numeração devido ao modo escolhido pela Canonical para organizar as versões do software.
Ou seja, temos sempre números que indicam o ano e o mês de lançamento. No caso, temos o número 4 indicando o ano de 2004 e o número 10 se referindo ao mês de Outubro.
Assim, por exemplo, no caso da atual versão do sistema operacional da Canonical (22.04), temos a indicação exata do ano e do mês de lançamento. Ou seja, Abril de 2022.
Eu ainda me lembro bem de quando a Canonical enviava CDs de instalação do S.O. de forma gratuita, através do ShipIt. O serviço foi descontinuado em Abril de 2011, entretanto, ao passo que a facilidade e a agilidade dos downloads provou ser muito superior.
Extremamente acessível, o S.O. acabou inserindo o Linux na vida de muitas pessoas. Leve (dependendo do sabor escolhido) e agradável, o sistema também possui localização para mais de 50 idiomas diferentes.
Os diferentes sabores do Ubuntu
O Ubuntu (bem como seus diversos sabores) acaba sendo uma excelente alternativa quando você finalmente decide migrar do Windows para o Linux. O S.O. conta com uma loja de aplicativos bem robusta, além disso.
Vários programas vêm pré-instalados, mas você também pode escolher e instalar qualquer um dentre os milhares disponíveis na loja do S.O. Existem apps para praticamente qualquer necessidade, de uso pessoal a empresarial, incluindo também o uso por estudantes.
Assim, existem também sabores capazes de atender a gostos bem variados. Sabemos que quando se trata de Linux, geralmente temos muitas opções e enorme liberdade.
Você pode usar, por exemplo, uma distro que privilegia a beleza porém demanda um hardware mais potente. Por outro lado, também existem distribuições que são mais adequadas ao usuário que possui uma máquina mais modesta.
Da mesma forma, também no “universo Ubuntu” existem várias opções. Temos um total de 8 Ubuntu flavours oficiais (incluindo o Ubuntu original).
Existem também alguns sabores não oficiais, sem contar com outras distribuições baseadas no sistema operacional da Canonical, como por exemplo o Linux Mint, o Zorin OS, o Elementary OS e o Pop!_OS.
Percebeu como o Linux, e em particular o Ubuntu, no caso deste artigo, pode dar a você uma enorme liberdade no quesito “sistema operacional’? Continue comigo, portanto, e vamos agora conhecer em detalhes todas as 8 variantes oficiais.
Como verificar e gravar uma imagem ISO
Antes, porém, você deve saber o que deve ser feito com os sabores baixados. Assim, logo abaixo seguem instruções importantes para que você possa baixar e gravar as variantes do Ubuntu.
É importante também lembrar que, após o download, é preciso verificar a imagem ISO antes de gravá-la em um pen drive.
Portanto, seguem dois guias que contam com instruções para a criação de um pen drive “bootável” (necessário para a instalação do S.O.), além de uma lista de programas e métodos de gravação, com opções para Windows, Linux e Mac:
Ubuntu original: um sabor do Ubuntu com GNOME
Este é o sistema operacional no qual a Canonical investe mais tempo e recursos. O Ubuntu original faz uso do ambiente gráfico GNOME, que é focado na facilidade de uso e no usuário doméstico.
De fato, o Ubuntu com GNOME é muito fácil de usar, além de contar com uma interface bonita e que ainda pode ser customizada.
O Ubuntu é um S.O. moderno, estável, seguro e completo. Nele, você pode instalar um grande número de programas. Pense em qualquer necessidade, e é muito provável que exista um aplicativo relacionado nos repositórios do Ubuntu.
Spotify, Skype, Slack, Telegram, várias suítes de escritório, ferramentas de desenvolvimento, clientes de e-mail, ilustração, e muito mais!
Como baixar e instalar o Ubuntu
O download deve ser feito através do site oficial da distro. Acesse, portanto, a página de download, e clique no botão “Download”. Assim, você baixará a imagem ISO da versão 22.04 LTS.
Nesta página, por outro lado, você encontra downloads alternativos. Por exemplo, aí é possível baixar versões anteriores, bem como acessar links de torrents e vários mirrors.
Após baixar a imagem, grave-a em um pen drive e dê boot no computador pelo mesmo (instruções acima). A instalação pode ser iniciada logo depois.
Kubuntu: um sabor do Ubuntu com KDE
O Kubuntu é a variante mais popular depois do S.O. original. Lançado em 2005, o sistema operacional faz uso do ambiente de desktop KDE Plasma.
Assim, você pode esperar por um Linux altamente personalizável, além de bonito e fácil de usar. O Kubuntu usa o framework Qt, além disso, e representa uma distro muito rápida.
A letra “K” no nome da distro, além disso, é uma alusão ao ambiente gráfico KDE Plasma (seu nome na verdade é uma junção entre KDE + Ubuntu).
Se você optar pelo Kubuntu, tenha em mente que terá em mãos um ambiente muito personalizável, sendo que inúmeras opções podem ser ajustadas através da interface gráfica, através do aplicativo “Configurações do sistema”.
Além disso, o Kubuntu conta com integração nativa com dispositivos móveis, através do software KDE Connect. Vários efeitos especiais também ajudam a deixar o ambiente ainda mais impressionante (sem contar com os práticos widgets, é claro).
Devo também dizer que esta variação do Ubuntu é minha escolha atual. Utilizo-o diariamente, e sei que até o momento explorei muito pouco de sua interface no que diz respeito a customização.
Como baixar e instalar o Kubuntu
Você deve realizar o download através do site oficial da distribuição. Nele, vá até a página de download e clique no botão de download, de acordo com a arquitetura do seu computador.
Assim, você baixará a versão mais atual do Kubuntu, que é a 22.04 LTS. Esta página, por outro lado, conta com downloads alternativos, como mirrors, torrents e versões anteriores.
Após baixar a imagem ISO, verifique-a e grave-a em um pen drive, de forma a criar uma mídia inicializável para a instalação do sistema operacional (instruções acima).
Lubuntu: um sabor do Ubuntu com LXQt
O Lubuntu talvez seja o sabor do Ubuntu mais leve de todos (bem, talvez o Xubuntu acabe ocupando este posto – mais detalhes abaixo).
Lançada em 2010, esta variação faz uso do ambiente de desktop LXQt, o qual prioriza o desempenho acima de tudo.
Dessa forma, o Lubuntu pode ser instalado em computadores mais modestos, e existem alguns relatos indicando que a distro roda bem inclusive em máquinas com meros 1 GB de memória RAM.
O Lubuntu também vem acompanhado de uma série de aplicativos essenciais no dia a dia. E com o LXQt, a distro oferece um ambiente moderno e agradável, embora não conte com tantas possibilidades de customização quanto o KDE.
Como baixar e instalar o Lubuntu
Baixe o Lubuntu através do site oficial da distro. Acesse, portanto, a página de downloads, e clique no botão correspondente à arquitetura do seu computador.
Fazendo isto, você baixará a versão mais recente do Lubuntu (22.04 LTS). Por outro lado, rolando a página para baixo você encontra links para downloads alternativos, além de versões anteriores.
Lembre-se de verificar a imagem após o download, para então gravá-la de modo a criar um pen drive “bootável” (informações acima).
Ubuntu Budgie: um sabor do Ubuntu com Budgie
Esta variação do Ubuntu é a mais recente: ela foi lançada em 2016. O Ubuntu Budgie faz uso, como percebemos facilmente, do ambiente de desktop Budgie.
O Budgie, por sua vez, é um ambiente gráfico utilizado no sistema operacional Solus. Assim, o Ubuntu Budgie é um S.O. bem minimalista, porém moderno e muito elegante.
Além disso, a interface do Ubuntu Budgie até lembra um pouco o macOS, devido a uma barra de aplicativos existente na parte inferior da tela.
Como baixar e instalar o Ubuntu Budgie
Em primeiro lugar, acesse o site oficial do Ubuntu Budgie. Nele, vá até a página de downloads e clique na aba relativa à versão 22.04 LTS.
Observe que aí também existe um botão através do qual é possível baixar através de torrent. Porém, seguindo o escopo deste guia, clique no botão “Direct Download“.
Nesta mesma página, além disso, existem links para baixar a versão do Ubuntu Budgie para Raspberry Pi.
Não se esqueça de verificar a imagem ISO, após o download. Em seguida, grave-a em um pen drive, de modo a criar um disco live USB e instalar o sistema operacional no seu computador (instruções acima).
Ubuntu Kylin: um sabor do Ubuntu focado no usuário chinês
Lançado em 2013, o Ubuntu Kylin é uma variante do sistema operacional da Canonical focada no mercado chinês. Além do suporte ao idioma chinês, o Ubuntu Kylin também oferece softwares voltados aos usuários do país de Mao Tsé-Tung.
Além disso, esta flavour do Ubuntu faz uso de um ambiente de desktop chamado UKUI (Ubuntu Kylin User Interface). E este, por sua vez, é um fork do MATE (o qual é um fork do GNOME 2).
Apesar do foco no usuário chinês, o Ubuntu Kylin também oferece suporte a outros idiomas, além de representar uma distro apropriada para hardware mais antigo.
Como baixar e instalar o Ubuntu Kylin
Acesse o site oficial da variante e dirija-se à página de download. Agora, é importante ressaltar que a versão 22.04 LTS do Ubuntu Kylin é disponibilizada para as arquiteturas de processadores x86_64 e RISC-V.
Porém, de acordo com o escopo deste tutorial, clique no botão “22.04 X86”, de acordo com a imagem acima.
Rolando a página de download para baixo, existem também links para vários mirrors. Lembre-se, após o download, de verificar a imagem baixada, para que você possa então criar uma mídia inicializável para a instalação do S.O. (instruções acima).
Ubuntu MATE: um sabor do Ubuntu com MATE
Como o próprio nome da variante deixa claro, o Ubuntu MATE é um sabor do Ubuntu que faz uso do ambiente de desktop MATE.
Vale lembrar que o MATE é um fork do GNOME 2, e assim, oferece ao usuário um ambiente mais tradicional, porém ainda belo e fácil de usar.
Lançado em 2014, o Ubuntu MATE é uma variação rápida e capaz de rodar inclusive em hardware mais antigo.
Como baixar e instalar o Ubuntu MATE
Você deve acessar o site oficial do Ubuntu MATE e ir até a página de downloads. Assim como acontece com os outros sabores do Ubuntu, você pode baixar a versão mais recente nesta data (22.04 LTS).
Porém, a página de download do Ubuntu MATE oferece algumas opções adicionais. Lá você encontra, por exemplo, versões para Raspberry Pi e GPD Pockets.
Clique, portanto, no botão relacionado à arquitetura do seu computador. Em seguida, você deve escolher uma das versões oferecidas (segundo o escopo deste guia, escolha a 22.04 LTS).
Finalmente, a página oferece alguns métodos para o download da imagem ISO, e você pode optar por BitTorrent ou Download Direto (Direct Download).
Após o download, verifique a ISO baixada e depois grave-a em um pen drive (instruções acima), para prosseguir com a instalação do sistema operacional.
Ubuntu Studio: um sabor do Ubuntu focado nos criadores de conteúdo
Lançado em 2007, o Ubuntu Studio talvez seja uma variação bem diferente de todas as que vimos até agora. Isto porque o foco da variante são os criadores de conteúdo.
Nesse sentido, a distribuição conta com ferramentas apropriadas para quem trabalha com áudio, gráficos, vídeo e fotografia.
Assim, vale também a pena citar alguns dos programas inclusos neste sabor do Ubuntu:
- Ardour (gravação, edição e mixagem de áudio);
- Hydrogen (sequenciador de bateria);
- Blender (modelagem e animação 3D);
- GIMP (edição de imagens);
- FFmpeg (framework multimídia);
- Darktable (edição e gerenciamento de fotos);
- Calibre (solução completa para manipulação de e-books).
O Ubuntu Studio faz uso do KDE Plasma, além disso (mesmo ambiente gráfico do Kubuntu), e além dos aplicativos listados acima, conta com vários outros do gênero, incluindo sequenciadores, sintetizadores, editores diversos e vários outros programas.
Como baixar e instalar o Ubuntu Studio
Antes de mais nada, acesse a página de downloads no site oficial do Ubuntu Studio, e lá você poderá baixar a versão mais recente (22.04 LTS).
Na página de downloads, observe que são oferecidas várias opções, incluindo torrents e download direto (Direct Download).
Lembre-se de verificar a ISO baixada, antes de gravá-la em um pen drive para seguir adiante com a instalação do sistema operacional (instruções acima).
Ubuntu Studio Installer
É importante também citar aqui o Ubuntu Studio Installer. Trata-se de um método que confere a outros sabores oficiais do Ubuntu todas as vantagens do Ubuntu Studio.
Ou seja, através deste método você pode usar qualquer outra flavour oficial, usufruindo dos vários ambientes de desktops oferecidos, porém ainda assim contando com os recursos de criação do Ubuntu Studio.
Para instalar o Ubuntu Studio Installer no seu Ubuntu, basta utilizar o comando abaixo no terminal:
sudo apt install ubuntustudio-installerTerminada a instalação, execute o Ubuntu Studio Installer (acesse-o através do menu de aplicativos) e siga o passo a passo, escolhendo os pacotes que deseja instalar.
Xubuntu: um sabor do Ubuntu com Xfce
Lançado em 2006, este sabor do Ubuntu é extremamente leve. Em grande parte isto se deve ao uso do ambiente gráfico Xfce, o qual foi lançado em 1996. Ou seja, temos aqui um ambiente de desktop que possui cerca de 26 anos de existência.
Na verdade, o Xfce é um ambiente com foco na leveza e na velocidade, o que também contribui para transformá-lo em uma excelente escolha no caso de computadores mais antigos.
Um ambiente otimizado, simples e fácil de usar é basicamente a proposta do Xubuntu. Obviamente, não se pode esperar algo belo e cativante como um KDE Plasma, por exemplo (bem longe disso, aliás).
Além disso, vale também avisar que o Xubuntu possui, sim, um visual meio “antiquado”. Longe de ser um problema, entretanto, isto também se deve ao fato do ambiente ser pouco exigente em termos de hardware.
O Xubuntu conta com requisitos de sistema muito razoáveis. Na verdade, é solicitado apenas um computador com um processador de 64 bits e pelo menos 1 GB de RAM.
Como baixar e instalar o Xubuntu
Você deve, obviamente, baixar o Xubuntu à partir de seu site oficial. Acesse a página de downloads, e clique no botão “64-bit systems”: o download será iniciado rapidamente.
Dessa forma, você baixará a versão mais recente do sistema operacional, ou seja, a 22.04 LTS. Rolando a tela para baixo, além disso, você encontra links para baixar versões mais antigas, bem como vários mirrors e links de torrent.
Após o download, não se esqueça de verificar a imagem ISO (instruções acima), para então gravá-la em um pen drive de modo a poder instalar o S.O.
Sabores do Ubuntu não oficiais
Até aqui você conferiu 8 sabores oficiais do Ubuntu. Ou seja, são distros que mantêm o Ubuntu como base e contam inclusive com o “endosso” da Canonical.
Porém, existem alguns outros sabores. Trata-se de variantes não oficiais, as quais na verdade são bem diferentes das versões do Ubuntu com as quais estamos acostumados.
Conheça agora algumas delas!
UbuntuDDE Remix
O UbuntuDDE Remix é uma distro lançada em 2020, baseada no Ubuntu 20.04 LTS. Diferente do Ubuntu original, este sabor não oficial faz uso do ambiente gráfico Deepin Desktop Environment (DDE).
Vale frisar que o DDE tem origem na distribuição chinesa Deepin, e é também um ambiente moderno e bonito, que permite inclusive o uso de efeitos de transparência.
Você pode baixar a versão mais atual (21.10 – Impish Indri) do UbuntuDDE Remix através do site oficial (acesse o link “Download”).
Ubuntu Cinnamon Remix
Lançado em 2019, o Ubuntu Cinnamon Remix é uma distro bem interessante. Ela faz uso do ambiente gráfico Cinnamon, o qual, por sua vez, tem origem no Linux Mint (esta distro também possui vários sabores, vale lembrar).
O Ubuntu Cinnamon Remix também pode ser bastante personalizado, embora sua beleza não seja tão grande quanto a do UbuntuDDE Remix.
Você pode baixar a distro através de seu site oficial (clique no botão “Download”).
Ubuntu Unity
Lançado em 2020, o Ubuntu Unity talvez represente um grande atrativo para os saudosistas de plantão. Isto porque ele traz a interface Unity, que foi utilizada pelo Ubuntu entre 2010 e 2017.
Esta distro conta com uma versão modernizada do Unity7. Além disso, o usuário que desejar pode alterar o tema em uso sem problemas (do Yaru para o Ambiance, por exemplo).
Vários recursos existentes no Unity7 estão presentes, além disso, o que ajuda a fazer da distribuição algo muito interessante para quem é usuário de longa data do Ubuntu e/ou usou a interface Unity por algum tempo.
Você pode baixar o Ubuntu Unity através do site oficial (clique no botão “Download”). A versão mais atual, como você deve imaginar, é a 22.04 LTS.
Qual dos sabores do Ubuntu eu devo usar?
Como você pode perceber facilmente, em se tratando de Linux existe uma miríade de opções. Temos inúmeras distros diferentes, além de vários sabores em algumas delas.
Tudo isto pode até mesmo complicar a vida do usuário com pouca experiência, principalmente se nos lembrarmos de que também é possível ampliar ainda mais o nível de customização, através de pacotes de ícones, temas, ambientes de desktop, launchers, etc.
Obviamente, é bem difícil dizer qual distribuição ou sabor do Ubuntu é mais adequada a você, uma vez que a liberdade de escolher e ajustas as coisas nos mínimos detalhes se faz sempre presente.
Após a instalação, várias distribuições Linux podem ser bastante personalizadas (incluindo os vários sabores do Ubuntu), e o nível de detalhes nos quais podemos mexer é quase sempre bem alto.
Testando os vários sabores do Ubuntu
Porém, lembre-se sempre de que você deve utilizar o sistema operacional com o qual se sente mais à vontade (e um que o seu hardware dê conta, claro). E se você acabou de chegar ao Linux, saiba que é possível fazer um “test drive“.
Sim! Todos os sabores podem ser perfeitamente testados antes da instalação propriamente dita. A mídia live USB que você cria e usa para instalar as distribuições garante esta facilidade.
Quando você dá boot no computador através de um pen drive que contém uma imagem ISO de uma distro, uma das opções oferecidas é justamente testar o sistema sem realizar a instalação.
E uma vez dentro da live session, é possível testá-la totalmente, inclusive instalando aplicativos. Claro, tudo isto será perdido após a próxima reinicialização, uma vez que em uma live session nada é gravado no disco.
Assim, baixe as imagens ISO, grave-as em um pen drive, e teste à vontade! E se você quiser fazer um dual boot com o Windows, também, sem problema!
Conclusão
E assim chegamos ao final deste guia completo a respeito dos diversos sabores do Ubuntu. No total, você pôde conferir 11 sabores (8 sabores oficiais e 3 não oficiais).
A variedade de sistemas operacionais, ambientes gráficos e até mesmo aplicativos inclusos é bem grande, e pode satisfazer às mais diversas necessidades.
Da mesma forma, através deste tutorial eu me esforcei para dar a você uma ideia melhor a respeito da grande liberdade que temos neste grande mundo open source, em especial no que diz respeito ao Linux e seu ecossistema.
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